ABERTURA DA EXPOSIÇÃO “PALAVRA SÓLIDA”, NO MUSEU REGIONAL DE SÃO JOÃO DEL REI
De poemas-objeto às projeções sonoras, Jairo Fará aborda diferentes diálogos entre literatura e arte em sua mais recente exposição
No dia 10 de janeiro, às 19h, o Museu Regional de São João del-Rei inaugura a exposição de poesia visual “Palavra Sólida”. A mostra reúne obras do artista e professor Jairo Faria Mendes – o Jairo Fará, como também é conhecido. Ele prova que a poesia é mais do que simples versos por meio de diversos suportes e técnicas, explorando o movimento, a imagem e até o som de seus textos.
A poesia visual pode ser contemplada em forma de vídeos, cartazes ou mesmo objetos (como pratos e meias). Trata-se de um diálogo entre a literatura e várias formas de arte. Para esta exposição, Jairo também busca suportes contemporâneos, como projetores e telas de televisão.
Segundo o poeta, Minas Gerais é um Estado com destaque na poesia visual, tendo como exemplo os nomes de Guilherme Mansur, Marcelo Dolabela e Sebastião Nunes. Além disso, seu trabalho ainda traz influências da poesia visual e concreta, assim como da arte conceitual. Para Jairo, a originalidade vem por trabalhar em um terreno ainda pouco explorado.
Professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Jairo já expôs no Inverno Cultural da UFSJ e na Casa de Contos em Ouro Preto. Suas obras já foram publicadas em jornais como Folha de São Paulo e Estado de Minas. “Palavra Sólida” fica aberta no Museu Regional até 10 de fevereiro.
O Museu
Aberto à visitação pública a partir de 1963, está localizado na antiga residência do comendador João Antônio da Silva Mourão (1806-1866), importante comerciante da cidade no período final da produção de ouro. Após a conclusão das obras, em 1859, o comendador instalou sua família na mansão, no segundo e terceiro pavimentos, e a loja de secos e molhados ficou no primeiro andar.
O Museu Regional de São João del-Rei apresenta uma exposição de aspectos do cotidiano no comportamento e nos costumes dos séculos XVII ao XX, retratados em móveis, utensílios, meios de transporte, imagens religiosas e pinturas. O objetivo do acervo montado é contar um pouco da intimidade e do modo de vida dos mineiros no período colonial.
